Consórcio em Fruticultura

Atualmente o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, com uma produção estimada próximo à 44 milhões de toneladas em 2017, atrás apenas da China e Índia (IBGE, 2016), é uma atividade que gera uma renda por volta de 10 bilhões de reais/ano e milhões de empregos diretos e indiretos.

O Brasil é um país com grande potencial agrícola, que possui extensas áreas e que passa por problemas como, desmatamento, áreas degradadas, extração de madeiras, dentre outros.

Nesse sentido desenvolvem-se sistema de cultivo, como os sistemas agroflorestais (SAF), assim como o sistema da Embrapa denominado Filho, que é uma modalidade do SAF, que contribuem para a recuperação de áreas, bem como de características climáticas, fertilidade natural do solo e que traz diversos benefícios para a sociedade.

Sendo assim nos SAFs pode ser utilizado frutíferas como uma boa alternativa, pois através desses cultivos geram-se renda para a população local, assim como contribuir para a segurança alimentar.

A fruticultura é uma atividade que demanda médios e altos investimentos, de acordo com o nível tecnológico utilizado, o produtor que faz um investimento nesse setor terá um retorno financeiro à médio e longo prazo, pois as frutíferas levam de 2 a 5 anos para começarem sua produção, sendo que alcançará o seu auge de produção por volta de 6 a 10 anos (EMBRAPA, 2017).

Dessa forma é viável que se adote medidas que favoreça a otimização das áreas do pomar e/ou se aproveite os equipamentos e materiais, como por exemplo, o sistema de irrigação.

Contudo o consórcio entre duas ou mais culturas na mesma área é recomendado, por contribuir para que se tenha uma propriedade rentável e sustentável, pois em um pomar de frutíferas perenes, é de grande valia que durante o desenvolvimento inicial da cultura principal faça-se o plantio de outra cultura, seja ela anual ou bianual.

Essas plantas irão melhorar a parte física e química do solo, vai permitir maior infiltração de água, otimiza a ciclagem de nutrientes, melhorar a renda do produtor, bem como amortizar o investimento feito na área, dentre outros benefícios.

Portanto, a utilização do consórcio na fruticultura é algo importante tanto para a biodiversidade e sustentabilidade como também para a rentabilidade do produtor.

Numa unidade da Embrapa em Planaltina DF, foi realizado diversos trabalhos com consorcio entre frutíferas e grãos, por exemplo, o plantio de alface, repolho, cebolinha, etc, nas entrelinhas dos pomares, morango nas entrelinhas de acerola, abacaxi nas entrelinhas de graviola, acerola e pitaia, foi ainda identificado uma produtividade de 34,5 toneladas/hectare de cebola nas entrelinhas de abacateiro, identificou-se também 3,5 a 4,4 t/há de feijão e 1,8 a 2,3 kg/fruto nas entrelinhas da pitaia.

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